Decidimos fazer entrevistas a alunos que aprendem japonês em Lisboa. Não são todos da mesma faculdade. Aqui ficam...
1 - Como te chamas?
Sílvia.
2 - Idade?
Vinte e oito anos.
3 - Morada?
Benfica, Lisboa.
4 - Qual a universidade/escola em que estudas?
Fac. Ciências Sociais e humanas.
5 - O que te fez querer aprender japonês?O gosto pela cultura (cinema e literatura).
6 - Há mais homens ou mulheres a frequentar o curso?
Mais homens, mas cerca de 1/3 de mulheres.
7 - Quantos alunos estudam nesse curso?
Cerca de 20-30(na minha turma).
8 - Qual a tua opinião quanto ao curso?
Excelente, adoro as aulas e a língua.
9 - Descreve-nos o teu curso (Planificação: nº de anos, o que está previsto para cada ano. Professores: Portugueses, Japoneses, etc.).
São 8 níveis, divididos por 4 anos,a professora é japonesa.
10 - É difícil aprender japonês?
Não, apenas requer trabalho e persistência.
11 - A caligrafia é difícil?
Exige muita prática e alguns kanjis requerem muita atenção e precisão.
12 - É verdade que existem quatro tipos de “abecedário”?
Não são "abecedários", são sistemas de escrita não alfabéticos, 2 sílibicos (Hiragana e Katakana) e o outro logográfico (kanji).
13 - Cumprem alguma tradição do país que estudam (feriados, etc.)?
Não, apenas falamos disso nas aulas.
14 - Vais fazer alguma coisa com este curso ou é apenas para aprender a língua (Trabalhar como tradutor/a, etc.)?
É apenas para aprender.
15 - Já foste ao Japão? (Se sim: Gostaste? Tencionas voltar? / Se não: Gostavas de ir?)
Não e gostava muito de ir.
16 - Pensas vir a trabalhar ou viver no Japão?
Se tivesse oportunidade adorava viver lá alguns anos.
17 - A situação do japonês em Portugal (tem popularidade)?
Nos últimos tempos sim, graças à difusão de manga e anime.
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1 - Como te chamas?
Gil Marques.
2 - Idade?
Dezassete anos.
3 - Morada?
Barreiro.
4 - Qual a universidade/escola em que estudas?
Escola Secundária de Casquilhos.
5 - O que te fez querer aprender japonês?
Não só um gosto pela língua e cultura japonesa que tenho desde pequeno, mas também visto que saber uma língua não muito comum poderá ajudar-me no futuro.
6 - Há mais homens ou mulheres a frequentar o curso?
Mulheres.
7 - Quantos alunos estudam nesse curso?
Aproximadamente vinte na minha turma.
8 - Qual a tua opinião quanto ao curso?
Na minha opinião, o curso está bastante bem estruturado, apresentando aos alunos um ensino de qualidade e várias actividades extracurriculares ao longo do ano (como “workshops” onde se pode aprofundar mais a língua e a cultura japonesas).
9 - Descreve-nos o teu curso (Planificação: nº de anos, o que está previsto para cada ano. Professores: Portugueses, Japoneses, etc.).
O curso de Japonês da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa encontra-se dividido em oito níveis, sendo dois níveis leccionados em cada ano lectivo (ou seja, cada ano lectivo é composto por dois níveis) e totalizando quatro anos de curso. Visto que ainda estou no segundo ano (níveis três e quatro), é-me difícil falar sobre o planeamento do curso, no entanto, posso relatar que o primeiro ano se destina a um primeiro contacto com a língua, uma iniciação em que se aprendem os dois “alfabetos” silábicos (“Hiragana” e “Katakana”) e alguns elementos do sistema de escrita mais complexo (os “Kanji”). A professora do curso é de origem japonesa e, a meu ver, tem um modo de ensinar um pouco peculiar: a repetição. Repetimos vezes sem conta aquilo que aprendemos, sempre com calma, sem qualquer pressa. E resulta, é eficaz.
10 - É difícil aprender japonês?
Para mim, aprender Japonês ou qualquer outra língua estrangeira é algo que não se pode classificar como fácil ou difícil. Sei que existem pessoas que pensam que é uma das línguas mais difíceis, mas eu não penso assim. Na minha opinião, as línguas não podem ser consideradas como fáceis ou difíceis de aprender, depende tudo de um à-vontade de cada um, o gosto ou “não-gosto” pelas línguas, entre outros factores. Posso assim afirmar que gosto de aprender Japonês.
11 - A caligrafia é difícil?
Este talvez seja o único aspecto das línguas orientais que pode ser considerado difícil ou fácil. No entanto, não gosto de usar a palavra difícil para isto, prefiro utilizar o vocábulo “complicado”, já que, a meu ver, a escrita não pode ser considerada difícil, mas sim complicada devido ao facto de ser totalmente diferente dos sistemas caligráficos ocidentais. Mas não, não acho que a caligrafia japonesa seja deveras complicada.
12 - É verdade que existem quatro tipos de “abecedário”?
Bem, que eu saiba da existência, existem apenas 3 sistemas ortográficos no Japão: “Hiragana”, “Katakana” e “Kanji”. Existe ainda uma desinência que engloba os dois primeiros: “Kana”; Depois temos o “Furigana” e o “Romanji”. O primeiro são os pequenos “Kana” que aparecem por cima ou ao lado (dependendo da apresentação formal do texto) dos “Kanji” e indicam como estes são lidos, já que existem milhares de “Kanji” e outros milhares de combinações de “Kanji”, com as quais os sons destes mudam. É assim praticamente impossível para qualquer pessoa conseguir ler um texto de nível médio ou alto sem ter que recorrer ao “Furigana”. Quanto ao “Romanji”, este é a “transcrição” dos sons dos “Kana” e “Kanji” no alfabeto romano.
13 - Cumprem alguma tradição do país que estudam (feriados, etc.)?
Aprendemos em aula várias tradições japonesas, mas não é recorrente o uso destas. Normalmente apenas as praticamos quando estas nos são leccionadas ou em outros casos pontuais.
14 - Vais fazer alguma coisa com este curso ou é apenas para aprender a língua (Trabalhar como tradutor/a, etc.)?
Este curso, além de servir para minha realização pessoal, ser-me-á também útil para o meu futuro, visto que pretendo seguir uma carreira ligada às letras. Pretendo não só ser tradutor, mas também professor de línguas e/ou interprete.
15 - Já foste ao Japão? (Se sim: Gostaste? Tencionas voltar? / Se não: Gostavas de ir?)
Nunca tive a oportunidade de visitar o Japão, no entanto é algo que me agradaria imenso. Existem vários factores que impossibilitam a minha ida a este país, entre eles a questão montaria e a linguística, já que sei que não me conseguiria “desenrascar” com tão pouco tempo de aulas de Japonês.
16 - Pensas vir a trabalhar ou viver no Japão?
Nestes últimos tempos tenho vindo a pensar seriamente nessa possibilidade. Se o meu interesse por esta cultura não decrescer (e espero que não), gostaria de trabalhar como professor de línguas no Japão, entre elas o Português, como é óbvio. Além disso, com a globalização, ser-me-ia também possível fazer traduções para empresas portuguesas, o que asseguraria a minha ligação com o meu país natal.
17 - A situação do japonês em Portugal (tem popularidade)?
Já houveram dias mais negros para o japonês em Portugal. Hoje em dia a cultura japonesa está a espalhar-se cada vez mais pelo mundo, assim como por Portugal. Há alguns anos atrás era impensável ouvir-se falar de qualquer manifestação de cultura japonesa nas ruas ou nas escolas. No entanto, ainda hoje estava no metro a falar com duas amigas minhas sobre “anime”, e uma senhora, com os seus 20 anos, perguntou-nos se sabíamos da existência de algum evento de cultura japonesa na área de Lisboa nos próximos tempos. Além disso, na minha escola também já tenho ouvido outros alunos a falarem sobre vários temas da cultura japonesa. Definitivamente, a situação de Portugal não está mesmo nada má tendo em conta que nesta última década o interesse pelo Japão, possivelmente, quintuplicou ou octuplicou. Enfim, evoluiu bastante.
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1 - Como te chamas?
Luís Coelho.
2 - Idade?
Dezoito anos.
3 - Morada?
Oeiras, Lisboa.
4 - Qual a universidade/escola em que estudas?
Escola Secundária Sebastião e Silva.
5 - O que te fez querer aprender japonês?
Interesse na cultura, curiosidade e penso que saber uma língua assim me poderá trazer vantagens.
6 - Há mais homens ou mulheres a frequentar o curso?
Homens.
7 - Quantos alunos estudam nesse curso?
A minha turma (2ºano) tem aproximadamente 20 alunos, mas as turmas do 1º ano, que são 2, apresentam cerca de trinta. O terceiro e quarto anos também devem ter cerca de 20, o que dá um total de 120 alunos.
8 - Qual a tua opinião quanto ao curso?
Muito bom, permite aos alunos aprenderem a língua e cultura japonesa e ao mesmo tempo passar umas divertidas 2 horas semanais, sem comprometer em nada a aprendizagem. Gostava também de referir que o ponto forte (ou o mais forte) do curso é sem dúvida a professora, que para além de ensinar muito bem e falar bem português, é muito simpática.
9 - Descreve-nos o teu curso (Planificação: nº de anos, o que está previsto para cada ano. Professores: Portugueses, Japoneses, etc.).
O curso tem como objectivo principal ensinar a língua japonesa aos alunos, tanto a escrita como a oral, e dar a conhecer sobre a cultura deste país, sob a forma de fichas informativas, vídeos, etc. Este apresenta 4 anos, tendo cada ano 2 níveis (semestres), sendo por isso 8 níveis. A professora é de origem japonesa, o que é uma grande vantagem, ainda por cima pois fala português. Como me encontro no início do 2º ano, não posso dizer o que se vai aprender em diante, mas no que se refere ao 1º ano, aprendesse Hiragana e Katakana, uma pequena introdução aos Kanji, diálogos e composições.
10 - É difícil aprender japonês?
Ao se tratar de uma língua completamente diferente da nossa, terá de haver uma fase de adaptação. A dificuldade em si não é muita, apenas é necessária muita prática.
11 - A caligrafia é difícil?
Os alunos quando aprendem os "símbolos" tendem a faze-los da forma mais perfeita e redonda possível, mas isso é desprezível, pois o modo como estes são ensinados nada tem a haver com o modo como se escreve no Japão. A caligrafia requer mais atenção quando feita a pincel.
12 - É verdade que existem quatro tipos de “abecedário”?
Existem 3 sistemas de escrita, dos quais 2 podem ser considerados equivalentes a "abecedários" (Hiragana e Katakana), em que cada símbolo corresponde a uma sílaba. O restante (kanji) provem do sistema de escrita chinês e cada símbolo apresenta um "significado".
13 - Cumprem alguma tradição do país que estudam (feriados, etc.)?
Normalmente não, mas na primeira aula do ano (depois do ano novo) jogamos um jogo típico do ano novo japonês. O jogador com os olhos fechados tinha de colocar os olhos, boca, etc. na cara de um boneco, muito engraçado! Tirando isso, apenas falávamos dos costumes e feriados na aula e através de fichas informativas.
14 - Vais fazer alguma coisa com este curso ou é apenas para aprender a língua (Trabalhar como tradutor/a, etc.)?
Apenas para aprender a língua, mas nunca se sabe...pode dar jeito.
15 - Já foste ao Japão? (Se sim: Gostaste? Tencionas voltar? / Se não: Gostavas de ir?)
Infelizmente não, mas gostava mesmo muito de ir, nem que fossem só umas férias.
16 - Pensas vir a trabalhar ou viver no Japão?
Quando for mais velho penso melhor sobre o assunto. Tenciono ir lá de férias, viver e trabalhar já apresenta mais impedimentos… mas gostava de o fazer.
17 - A situação do japonês em Portugal (tem popularidade)?
Comparando à popularidade que tem noutros países, a situação em Portugal deixa um pouco a desejar. No entanto, não nos podemos queixar, já que tem havido melhoras significativas, muito devido ao anime e manga. Enfim, acho que com o tempo vamos lá.
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Obrigado a todos pela vossa ajuda no nosso projecto!
1 comentário:
sou aluno da escola eça de queiroz e estou a afzer um trabalho sobre o japao e precisava da vossa ajuda. se fosse possivel disponibilizar alguma da vossa informação ficava-vos muito grato
cumprimentos
Nuno Azevedo
nunovicio@hotmail.com
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